Há realmente alturas assim, em que um rol de situações ocorrem e por preguiça, falta de tempo e mesmo de vontade não escrevo.
Mas cá estou de volta, este espaço no fundo é o meu diário. Um pouco secreto, um pouco nem tanto. Mas na verdade não é absolutamente público. É partilhado com quem eu quero, com quem não me importo que entre na minha vida...
O dia 12 de Fevereiro de 2010 passou. não quero dizer muito de novo sobre ele. Foi um dia que me marcou para sempre na minha vida, de forma negativa, de forma absolutamente dolorosa. Ano após ano a dor é maior, mas também cada vez mais suportável. Enterrar um amor tão grande é impossivel. Neste dia, e ainda em jeito de recuperação daquilo que de momento me magoa, derramei as lágrimas que já não conseguia conter. E apesar de tudo, pus aquela minha capa de super herói quando recebi dele a noticia que o avô tinha morrido. Fiz-me de super forte, e aguentei ao lado dele o que ele próprio não queria deixar sair. E o dia findou, com um momento alto, o pico, quando me perguntou se um dia quando tivéssemos filhos iria ficar assim neste dia... não sei, são muitos se's... também me perguntou se não acho que a minha decisão compensou, porque se não tivesse vivido o que vivi no dia 12 de Fevereiro de 2007, não estariamos juntos... pois, confesso queainda hoje preferia ter ficado pelo terramoto que se sentiu pelo país (e que eu nem dei conta...).
O dia a seguir foi duro... (mas não há descanso?). Arranquei ao seu lado para Ponte da Barca, direitos a um velório que nenhum dos dois tinha muita vontade em estar, mas a vida também é feita de situações desagradáveis, e pelos outros há que aguentá-las. Lá estive a seu lado, e claro, como em qualquer lado, as pessoas só se juntam todas quando alguém se casa ou quando morre alguém... independentemente das razões (dolorosas ou não), na verdade lá estavam todos. E pela primeira vez em muitos anos a familia esteve junta. E como depois da tempestada vem a bonança, gosto para olhar para os momentos que se seguiram como alegres. Nunca o senhor pensou que seria neste momento que todos os filhos, muitos sobrinhos, os netos e senhoras que vivem com eles se juntassem. Mas lá estávamos todos, com cobertores, pés congelados, mas lá estivémos! Foi agradável no fundo.
Claro que por mim passava um friozinho na barriga por conhecer os tios que não conhecia... claro que me deixou nervosa... mas foi sem dúvida muito agradável!
No dia a seguir deixou-me em Viseu. Nunca tinha lá estado, e o sábado em Ponte da Barca roubou-me mais um pouco da cidade, mas não faz mal, porque o prémio grande foi acordar na segunda-feira e nevar! A cidade ficou toda branquinha, coberta por um cobertor fofinho de neve que adorei destruir a construir bolas de neve com os miúdos. São mesmo as pequenas coisas que nos trazem felicidade. Que nos fazem sorrir, e por muito frio que estivesse, a alegria aquecia-nos a todos.
Passou também o dia 14, dia dos namorados dizem!...
Lembro-me dos tempo em que o comemorava, em que era uma data importante, e motivo de festejo... depois acabaram os namoros! lol. Atenda-se um pormenor importante para falta de comemoração. Não escondo que foi um dia a que já dei por demais importância, mas depois veio o Nuno, que não liga (diz ele). Apesar de tudo deu-me o direito a uma surpresa há dois anos, linda claro, sobre a qual já aqui escrevi, mas não a esperava. E a cada ano que passa não a espero de volta. Não minto que seria bonito, apenas porque sim, mas as recordações que tenho não são com ele, e dias de namoro, bem na verdade nunca existiram para nós, somo amigos, nunca fomos namorados (já sei querido que detestas que diga isto, mas quem me convenceu a pensar assim foste tu! Ora, se não somos nem nunca fomos namorados, se não somos casados... somos amigos! Vá amantes, companheiros, whatever! lol). O dia passou junto da minha Alcateia no frio de Viseu, e esse é do melhor calor humano que se pode sentir!
E hoje foi Carnaval! O dia esteve chuvoso... mas boa parte da manhã fois passada na cama (sim... eram quase 14h!) e então? Foi para a recuperação da noite, festa na Casa del Bairro, com umas asas de morcego!!! Espectáculo! O cansaço é que não deu para mais, mas a festa estava por demais!
E por fim, hoje quando me levantava parei para pensar novamente na minha vida. Tentei afastar da minha cabeça o sentimento de pegar na mochila e partir... ir viver a vida, fazer outras coisas, conhecer outras pessoas, dormir noutros sitios, comer e beber coisas novas... Não sinto o peso da monotonia não é isso. Não é uma questão de cansaço da rotina, é mesmo uma questão de dúvida. E não daquilo que sou ou daquilo que faço, pois levanto-me com o maior dos sorrisos para ir trabalhar. Gosto realmente daquilo que faço e de onde o faço, no entanto a vida não é só psicologia, é também uma relação.
E esta, não se sustenta apenas e só com amor. Sim ele existe, em larga escala, mas neste momento, depois do que já vivemos e passámos, é preciso mais. Aquele suporte que ele a medo quis demonstrar depois de perceber como me senti. Mas agora, agora que penso nisto tudo muito a sério, tenho receio em agradecer a disponibilidade, pois agora sou eu que não sei se a quero. Não quero favores, nem caridade, quero apoio com gosto, com vontade. É isto que se pede a alguém que já se sentiu para a vida.
Hoje continuo a repensar cada vez mais determinadas decisões que sentia assentes. Hoje abri outras hipóteses. Apenas porque a vida são dois dias... e o Carnaval acabou agora!
Por fim hoje mudei o meu visual de blog!!! O rosa é uma cor que não só adoro como gosto de ma ver! A ver se a minha vida ganha cor, e se não me deciso a correr mundo só porque sim. E porque eu sou assim mesmo, uma lunática que corre atrás das coisas só porque sim, só porque a vida tem de saber sempre bem.
Isto das músicas remexerem totalmente em mim tem de acabar...
E termino este enorme post ao som de More than Words, porque passa mesmo por aí, mais que palavras, mais que isto, o gesto, a demonstração!