Como faço? Sabendo que não estou disposta a perdoar?
Como faço, quando já vivia com um pé atrás?
Como faço, quando fico com o coração apertadinho só com a hipótese?
Como faço? Sabendo que não estou disposta a perdoar?
Como faço, quando já vivia com um pé atrás?
Como faço, quando fico com o coração apertadinho só com a hipótese?
Assumo e já tenho a coragem de o dizer!
Apesar de ainda estar em luta, já percebi que vou vencer!
Há um ano atrás, preparava-me para ir ter com a minha melhor amiga ao hospital. Tinha-a deixado internada no dia anterior, grávida de 23 semanas + 4 dias em risco de parto pré-termo.
O que chorei nessa noite, o que chorei a caminho do hospital e me tentava acalmar para que eles não me vissem assim.
Há um ano o Afonso nasceu. Muito cedo, cedo demais. Demasiado prematuro. A vida às 23 semanas de gestação não é certa, e iniciou-se uma longa luta.
O meu caganito foi um guerreiro!
Hoje dói muito, e apesar de querer estar feliz por outros e por ela própria, é dificil. A minha cabeça está noutro lado.
Ontem o meu anjo, que também está grávida (e sim, estou muito feliz) colocou uma foto da sua cria, da eco, no FB. E eu chorei quando vi. Não pela eco em si, já tinha recebido um MMS, mas por estar colocado no FB. Oh meu anjo, não me leves a mal, mas eu só pensava que agora seria o dia que colocariamos as fotos do 1º aniversário, e ele não está para esta comemoração. É doloroso tentar celebrar algo, quando há tanta dor à volta.
Eu estou feliz por elas, a sério que etsou, pelas duas! Sim, a mãe do Afonso também está grávida de novo, e por enquanto tudo corre bem. Mas também corria tudo bem até há um ano com 23 semanas...
É esquisia esta sensação. E dói. Mas é assim, a vida continua. Enquanto uns recordam a curta vida de um filho, de um afilhado, outros comemoram felizes a vida de um filho, de um sobrinho...
A vida continua...
Eu só quero que passem as 24 semanas... das duas!