Grávida há precisamente 23 semanas, deliciei-me ao ponto de me virem as lágrimas aos olhos, enquanto a minha barriga saltava ao som de Vivaldi.
E foi um namoro a três.
Grávida há precisamente 23 semanas, deliciei-me ao ponto de me virem as lágrimas aos olhos, enquanto a minha barriga saltava ao som de Vivaldi.
E foi um namoro a três.
Já aqui me tinha manifestado sobre o direito ao parto!
Eu nunca pari, estou neste momento grávida de 23 semanas, e se já antes de estar grávida pensava no parto a que tenho direito, hoje é uma realidade a aproximar-se!
Na verdade ainda estou a formar a minha opinião.
Mas antes de mais eu acredito piamente que as mulheres têm a capacidade nata de parirem! E não precisam de médicos ou instrumentos ou tudo aquilo que tentam impingir. Claro que há excepções, como em tudo, e por isso mesmo somos seres inteligentes.
Acho também que a mulher tem o direito e deve parir onde se sentir segura e confortável. É o seu parto! Não o do médico ou de qualquer outro profissional de saúde! Não é o médico, a parteira ou a enfermeira que está em trabalho de parto, mas a mulher!
Tenho pena que em Portugal não existam ainda casas de parto, era aí que eu queria ter os meus filhos. Em casa, confesso não me sentir (ainda) segura, por isso terei os meus gémeos num hospital.
Mas quero ser respeitada nas minhas decisões, e infelizmente, vou a preparara-me para uma "guerra" na altura de parir, quando deveria ser precisamente o momento mais tranquilo da minha vida! Mas como irei recusar alguns procedimentos ditos rotineiros, irei mexer com algumas mentes! Terei o meu marido do meu lado e a poder falar por mim quando estiver demasiado concentrada no meu trabalho, o Parto!
Infelizmente também, o que causa esta "violência" ou os partos demasiados medicalizados ou instrumentalizados é mesmo os que as mulheres grávidas permitem e aceitam sem questionarem!
Se o médico diz que o parto tem que ser induzido, então pois claro, ele é que sabe! Ainda que o corpo não tenha dado sinal. Ou se chego ao hospital e sou automáticamente posta a ocitocina sintética, pois claro é rotina, tem que ser e eles lá sabem! Há alguns pormenores que se soubéssemos não permitíamos! Dentro de menos de 4 meses, quando chegar o meu parto, posso mudar algumas destas opiniões, posso ceder na altura, posso passar por uma cesariana, mas o nível de consciência que tenho em relação ao parto ninguém mo tira!
Estou grávida de gémeos e acredito que os irei parir de forma bastante natural! Nem que tenha que rosnar a algumas pessoas durante o parto, em que tenha que ameaçar de queixas ou mesmo fazê-las no pós-parto. Neste momento só quero que um dos gémeos vire! Só um! E nem aceito que me digam que têm que virar os dois! Pois eu sei, já me informei que basta um! E também não aceito o ar chocado quando me pergunto se agora com gémeos tenciono na mesma pari-los! Ora pois concerteza que sim!
A pergunta que também coloco é... de quem é o corpo? Do hospital?
Será que as mulheres sabem que as contracções são mais dolorosas com ocitocina sintética? Que é aquela que TODAS recebem no famoso soro? Queiram ou não! E se disserem que não, afirma que tem que ser! Então e porquê se nós próprias a produzimos aos nosso próprio ritmo!
Será que as mulheres sabem que é também à conta desta ocitocina sintética que muitas vezes os batimento cardíaco dos bebés baixa? Sim, por isso é que a primeira coisa que fazem é diminuir a quantidade de administração! Pois, claro que depois por vezes se acaba numa cesariana, ou num parto instrumentalizado! Mas o que as mães ouvem é que tinha que ser porque o bebé estava a começar a sofrer. Sofrimento que eles próprios provocaram e não dizem, e as mulheres não sabem!
Será que sabem que as contracções com ocitocina são tão mais dolorosas que a mulher quase que mata por uma epidural? Pois claro que depois não sabem dirigir a força na hora da expulsão... e lá vêm as ventosas ou os fórceps... mas a resposta é que tinha que ser porque o bebé não estava na posição ou outra desculpa qualquer que engolimos sem questionarmos.
Perdoem-me o testamento...
"O bebé tem mais de 28 centímetros e pesa cerca de meio quilo. É possível que agora já sinta os seus movimentos, por isso ponha música divertida e dance pela casa. Independentemente da etnia do bebé, nesta fase a pele é vermelha e enrugada e será provavelmente cor-de-rosa ou avermelhada ao nascimento. Os vasos sanguíneos visíveis através da pele transparente do bebé estão na origem desta coloração. A tonalidade definitiva da pele desenvolve-se ao longo do primeiro ano.
Os vasos sanguíneos nos pulmões do bebé estão a desenvolver-se para o preparar para a respiração, mas vão ser precisos ainda muitos mais meses para completar o desenvolvimento pulmonar. Os pulmões são o último órgão a completar o desenvolvimento nos bebés. É por esse motivo que os bebés prematuros (que nascem antes das 37 semanas de gestação) têm muitas vezes dificuldade em respirar. Um bebé que nascesse esta semana poderia sobreviver com a ajuda de cuidados médicos intensivos, mas o risco de complicações graves seria muito elevado."
"A audição já funciona, e ele consegue ouvir uma versão meio distorcida da sua voz, os seus batimentos cardíacos e os barulhos que seu estômago faz. Outros barulhos altos que forem frequentes durante a gravidez, como o ladrar do cão ou o motor do aspirador, não devem incomodar o bebé quando ele os ouvir fora do útero.
Vários estudos já deram indicações de que os fetos preferem música clássica no útero, e um dos compositores testados e aprovados foi Vivaldi.
Deixe tocar As Quatro Estações para o seu bebé e preste atenção nos movimentos que ele faz. Ele fica quietinho nos trechos mais lentos, de adagio, e se agita nos mais movimentados, de allegro? Talvez você tenha um pequeno maestro vindo por aí.
Além dos avanços na audição do bebé, os pulmões estão a desenvolver-se para se preparar para respirar. Ele continua a engolir líquido, mas normalmente só vai fazer cocó pela primeira vez (o chamado mecônio) quando nascer.
Se por algum motivo tivesse que nascer agora, o bebé teria uma pequena chance de sobreviver (cerca de 16 por cento, em hospitais muito bem equipados e centros de referência), desde que com o atendimento médico adequado.
Cada dia a mais no útero faz diferença neste estágio. Nascendo com 24 semanas, a chance de sobrevivência, numa UTI de alta complexidade, sobe para 44 por cento.
Quanto à mãe, é bem provável que se esteja a achar meio desajeitada por causa da mudança no seu centro de gravidade. Talvez a gengiva sangre quando escovar os dentes, e seu umbigo, que era "para dentro", resolva sair. Não se preocupe. Ele vai voltar para o lugar pouco tempo depois do parto. "
E é mais ou menos isto. Mas a dobrar!