... o local onde grito sem medo, nem censuras...

03
Mai 10

Fui perder tempo para o meu disco externo, a ver fotos.

É bem verdade que a felicidade também se recorda através de fotografias, e eu gosto muito de ver fotografias.

Parei a ver as fotos do meu aniversário em 2007.

Não consigo descrever como estava incrivelmente feliz. Estava apaixonada (muito!) e passei o meu aniversário com ele.

Senti-me especial por me levar aquele seu canto. Descobri depois que era apenas mais uma que lá ia... como outras, e apresentada da mesma forma, "é uma amiga!"

Mas na altura eu não sabia de muito. Não sabia que além de mim havia outra. Achava-me única e especial. Achava-me desejada e 100% e isso bastava-me. Não sabia que tinha vindo de uns dias de férias com outra (atenção, não escrevo outro com tom depreceativo, mas sim porque havia mais alguém), não sabia que a cama e o corpo que partilhava tinham sido no dia anterior partilhados...

Lembro-me de na véspera do meu aniversário me esperar no Colombo, antes de eu ir trabalhar, com uma rosa vermelha. E o que foi aquilo? No dia achei um mimo, mais tarde percebia que era redenção.

Soube depois que deu uma desculpa esfarrapada para sair de onde estava. Tinha que ir trabalhar dizia. Tretas, tinha era que me ir buscar. Que raio de dificuldade em se definir o que se quer mais!

Soube depois que evitou telefonemas, ai o medinho de perder a começar a surgir.

Soube mais tarde que não a quis convidar para ir com ele... não me fazia sentido não o ter feito. Apesar de se ter desculpado que ela também não poderia ir, ou não quereria. Não sei, mas hoje também não interessa.

Situações como estas magoaram-me muito depois, quando soube as coisas, as mentiras...

Mas hoje que olho para as fotos percebo como estava incrivelmente feliz. E só por isso, já foi bom.

Acho que é precisamente isso que ando a retirar da vida, a felicidade é algo que se guarda bem arrumadinho no peito. Quando deixa de ser bom, quando deixa de valer a pena, é precisa muita maturidade para dizer basta!

Esta história, sobre a qual já tantas vezes falei, e que tantas vezes me deixou de rastos, ensinou-me que quando as coisas nos fazem sorrir aproveitamos. E quando nos fazem derramar lágrimas, os afastamos até não doer mais.

Aprendi a crescer também com tudo isto...

 

(foto by me em Ponte da Barca)
PS.: Este ano já será o quarto ano consecutivo que lá volto. Já não sou a "amiga", sou a namorada, mulher, como ele me chama. Diz que sou a única de toda a gente que lá levou, que voltou. Diz que essa sim é a razão pela qual sou especial. Disse-me que teve oportunidade de levar uma ex segunda vez, porque namorava com ela. Mas que não quis, que isso tornava-a demasiado importante.
Bem, eu tinha que ser única nalgo!
publicado por Ovelha Negra às 12:05
sinto-me: nostálgica

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