... o local onde grito sem medo, nem censuras...

30
Abr 10

... não recomecem um namoro em que um dia puseram um ponto final!

Houve uma razão para o fim não houve? Então que raio acham que mudou nuns anos?

Apenas a vontade de fazer que algo utópico algum dia resulte, mas com muito mais mágoa do que se passou entretanto (que não foi um com o outro!)!

Eu aprendi! Fim é fim! (também tentei que resultasse é certo e arrastei a situação por demasiado tempo!)

publicado por Ovelha Negra às 19:21

07
Abr 10

Pôr um ponto final numa relação é deveras dificil. Por variadissimas razões que nem sempre estão ligadas ao gostar, ao amor!

Por vezes, simplesmente nos mantemos numa relação (ou a retomamos) porque sim. Meses (às vezes anos) se passam e estamos lado a lado com alguém só porque sim. E é neste momento que se houverem mentes mais jovens a ler este post, acham que isto não acontece e principalmente que nunca lhes vai acontecer!

Enganam-se! Muito!

Seguimos por vezes anos numa relação, simplesmente porque nos habituámos a ela. Não digo que o amor tenha tido um ponto final definitivo, mas por vezes esquecemo-nos das razões pelas quais nos mantemos com esse alguém. Esquecemo-nos que temos que sentir SEMPRE as borboletas na barriga, o sorriso quando olhamos para a pessoa, e não apenas olhar para ela e saber o que esperar!

Eu já passei por isso, anos a fio com alguém, porque quase tudo era perfeito, e o quase quando me pûs a analisar, afinal era muito! Anos, com interrupções, porque outros me apareceram no caminho e mais mexeram comigo (e com as minhas borboletas)! Enfim, deixei-me levar por aquilo que os meus 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 e 20 anos me íam dizendo!

E depois em tempos também achei que as coisas também seriam para sempre, ou que mudariam um dia... tola jovem, que precisou de uns anos de amadurecimento (e umas rugas que já vão aparecendo), bem como mais umas experiências de vida para poder mudar a sua visão de visa. Mas isto seria será outro post!

 

O que me lembrei de relatar aqui hoje, é a uma conversa que tive no fim-de-semana passada. Tenho uma amiga que namorou 10 anos! E ao fim de 10 anos, com casa preparada para os receber, com vida organizada para esta partilha, decidiu terminar o namoro. Não, não apareceu outro alguém, foram uma série de situações sobre as quais um dia também escrevo, para assinalar as diferenças de maturidade entre homens e mulheres.

Mas acabou, e ela triste relatava que perdeu muitos amigos com o fim do namoro. Comecei logo a ficar com comichões (como fico quando não percebo claramente algo!). Perguntei-lhe que amigos eram, e que nos nossos quase 30 anos, já não me fazia sentido que isso acontecesse. Respondeu-me que eram amigos "comuns". Foi aqui que estranhei mais ainda! E disse-lhe: "M. como pode isso acontecer? Isso não existe, existem os teus amigos, os deles, e aqueles com quem convivem os dois, mas vieram de um dos lados!". Ela garantiu-me que não, que eram amigos com quem conviviam os dois, e afinal tinham sido 10 anos. Bem, não quis magoá-la, e percebi que à medida que colocava o meu ponto de vista, estava a pôr o dedo numa ferida, desnecessáriamente.

Mas aqui posso escrever livremente sobre isso (ela nem sequer conhece o meu blog!), e isso dos amigos comuns no casal existirem é um mito urbano!

Só há uma situação em que os amigos sejam mesmo comuns, é quando o casal surge no meio de um grupo comum!

Muitas vezes isso não acontece (comigo nunca aconteceu, sempre achei que a amizade era algo muito valioso para se manter, e não se estragar com uma paixão), os relacionamentos surgem de pontos opostas, logo, cada um tem os seus amigos. Enquanto a relação dura (e quanto mais dura), os amigos serão "comuns", mas na verdade, com o fim da relação voltarão aos seus respectivos lados (lá está, a amizade é muito valiosa!).

Ainda lhe disse: "Olha M. eu namorei quase 7 anos com alguém e mais 2 com outro alguém, e te garanto que no fim da relação, acabando a bem ou a mal, nunca perdi nenhum amigo! Porque os quer eram do lado dele, os ditos "comuns" continuaram a fazer parte da vida de quem já faziam anteriormente (independentemente do tempo de namoro e das causas do fim). A minha amiga está triste por toda esta situação, e apesar dos seus 29 anos de vida, na verdade ele tinha sido a sua única experiência, logo a dor é maior (mas passa M., passa mesmo!).

À medida que ía reflectindo sobre isto a B. ouvia, e julgo que se revia! Também ela já me tinha feito queixas semelhantes, e eu disse-lhe o mesmo. SE calhar agora ela consegue compreender e ver as coisas de outro modo, se calhar ela agora consegue ver que fez em certa parte uma substituição dos seus amigos pelos dele, para passarem a ser "deles", e quando houve a rotura, ele não os perdeu... e ela considerou que sim!

 

Por curiosidade também perguntei ao N. se alguma vez tinha perdido amigos com o fim de uma relação. Disse-me que sim, mas também percebeu que não eram amigos... eram dela, lá está. Lembro-me de me dizer numa altura que tinha ido passar uns dias com uns amigos... curioso que era o segundo Verão que ía... e não voltou a ir quando a relação sexual de amizade terminou. Eles eram os amigos dela, da zona dela, e esses certamente se manteram para ela.

Aquilo que me faz uma certa confusão é as pessoas afastarem-se dos seus, das suas saídas e conversas, para substituirem pelos dos outros, porque quando há a ruptura, e voltam para os seus meios, esquecem-se de onde vieram e por quem estavam as pessoas.

 

Não conheço na verdade ninguém que tenha perdido algum amigo no fim da relação. Eu já perdi amigos por manter a relação! lol, mas esses claro que voltaram.

 

Observem bem os vossos, aqueles que estiveram antes, durante e depois, os que se juntam, podem muito bem não estar no depois.

 

 

publicado por Ovelha Negra às 15:00
sinto-me:

16
Fev 10

Há realmente alturas assim, em que um rol de situações ocorrem e por preguiça, falta de tempo e mesmo de vontade não escrevo.

Mas cá estou de volta, este espaço no fundo é o meu diário. Um pouco secreto, um pouco nem tanto. Mas na verdade não é absolutamente público. É partilhado com quem eu quero, com quem não me importo que entre na minha vida...

 

O dia 12 de Fevereiro de 2010 passou. não quero dizer muito de novo sobre ele. Foi um dia que me marcou para sempre na minha vida, de forma negativa, de forma absolutamente dolorosa. Ano após ano a dor é maior, mas também cada vez mais suportável. Enterrar um amor tão grande é impossivel. Neste dia, e ainda em jeito de recuperação daquilo que de momento me magoa, derramei as lágrimas que já não conseguia conter. E apesar de tudo, pus aquela minha capa de super herói quando recebi dele a noticia que o avô tinha morrido. Fiz-me de super forte, e aguentei ao lado dele o que ele próprio não queria deixar sair. E o dia findou, com um momento alto, o pico, quando me perguntou se um dia quando tivéssemos filhos iria ficar assim neste dia... não sei, são muitos se's... também me perguntou se não acho que a minha decisão compensou, porque se não tivesse vivido o que vivi no dia 12 de Fevereiro de 2007, não estariamos juntos... pois, confesso queainda hoje preferia ter ficado pelo terramoto que se sentiu pelo país (e que eu nem dei conta...).

O dia a seguir foi duro... (mas não há descanso?). Arranquei ao seu lado para Ponte da Barca, direitos a um velório que nenhum dos dois tinha muita vontade em estar, mas a vida também é feita de situações desagradáveis, e pelos outros há que aguentá-las. Lá estive a seu lado, e claro, como em qualquer lado, as pessoas só se juntam todas quando alguém se casa ou quando morre alguém... independentemente das razões (dolorosas ou não), na verdade lá estavam todos. E pela primeira vez em muitos anos a familia esteve junta. E como depois da tempestada vem a bonança, gosto para olhar para os momentos que se seguiram como alegres. Nunca o senhor pensou que seria neste momento que todos os filhos, muitos sobrinhos, os netos e senhoras que vivem com eles se juntassem. Mas lá estávamos todos, com cobertores, pés congelados, mas lá estivémos! Foi agradável no fundo.

Claro que por mim passava um friozinho na barriga por conhecer os tios que não conhecia... claro que me deixou nervosa... mas foi sem dúvida muito agradável!

 

No dia a seguir deixou-me em Viseu. Nunca tinha lá estado, e o sábado em Ponte da Barca roubou-me mais um pouco da cidade, mas não faz mal, porque o prémio grande foi acordar na segunda-feira e nevar! A cidade ficou toda branquinha, coberta por um cobertor fofinho de neve que adorei destruir a construir bolas de neve com os miúdos. São mesmo as pequenas coisas que nos trazem felicidade. Que nos fazem sorrir, e por muito frio que estivesse, a alegria aquecia-nos a todos.

 

Passou também o dia 14, dia dos namorados dizem!...

Lembro-me dos tempo em que o comemorava, em que era uma data importante, e motivo de festejo... depois acabaram os namoros! lol. Atenda-se um pormenor importante para falta de comemoração. Não escondo que foi um dia a que já dei por demais importância, mas depois veio o Nuno, que não liga (diz ele). Apesar de tudo deu-me o direito a uma surpresa há dois anos, linda claro, sobre a qual já aqui escrevi, mas não a esperava. E a cada ano que passa não a espero de volta. Não minto que seria bonito, apenas porque sim, mas as recordações que tenho não são com ele, e dias de namoro, bem na verdade nunca existiram para nós, somo amigos, nunca fomos namorados (já sei querido que detestas que diga isto, mas quem me convenceu a pensar assim foste tu! Ora, se não somos nem nunca fomos namorados, se não somos casados... somos amigos! Vá amantes, companheiros, whatever! lol). O dia passou junto da minha Alcateia no frio de Viseu, e esse é do melhor calor humano que se pode sentir!

 

E hoje foi Carnaval! O dia esteve chuvoso... mas boa parte da manhã fois passada na cama (sim... eram quase 14h!) e então? Foi para a recuperação da noite, festa na Casa del Bairro, com umas asas de morcego!!! Espectáculo! O cansaço é que não deu para mais, mas a festa estava por demais!

 

E por fim, hoje quando me levantava parei para pensar novamente na minha vida. Tentei afastar da minha cabeça o sentimento de pegar na mochila e partir... ir viver a vida, fazer outras coisas, conhecer outras pessoas, dormir noutros sitios, comer e beber coisas novas... Não sinto o peso da monotonia não é isso. Não é uma questão de cansaço da rotina, é mesmo uma questão de dúvida. E não daquilo que sou ou daquilo que faço, pois levanto-me com o maior dos sorrisos para ir trabalhar. Gosto realmente daquilo que faço e de onde o faço, no entanto a vida não é só psicologia, é também uma relação.

E esta, não se sustenta apenas e só com amor. Sim ele existe, em larga escala, mas neste momento, depois do que já vivemos e passámos, é preciso mais. Aquele suporte que ele a medo quis demonstrar depois de perceber como me senti. Mas agora, agora que penso nisto tudo muito a sério, tenho receio em agradecer a disponibilidade, pois agora sou eu que não sei se a quero. Não quero favores, nem caridade, quero apoio com gosto, com vontade. É isto que se pede a alguém que já se sentiu para a vida.

Hoje continuo a repensar cada vez mais determinadas decisões que sentia assentes. Hoje abri outras hipóteses. Apenas porque a vida são dois dias... e o Carnaval acabou agora!

 

Por fim hoje mudei o meu visual de blog!!! O rosa é uma cor que não só adoro como gosto de ma ver! A ver se a minha vida ganha cor, e se não me deciso a correr mundo só porque sim. E porque eu sou assim mesmo, uma lunática que corre atrás das coisas só porque sim, só porque a vida tem de saber sempre bem.

Isto das músicas remexerem totalmente em mim tem de acabar...

 

E termino este enorme post ao som de More than Words, porque passa mesmo por aí, mais que palavras, mais que isto, o gesto, a demonstração!

publicado por Ovelha Negra às 21:10
sinto-me: lunárica, triste/calma/feliz
música: More than Words

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